quinta-feira, 21 de maio de 2009

Um novo.


Saudade. É... A saudade é algo que me consome cada dia mais. Sinto saudade de tudo o que não posso mais ter. Não me controlo. As saudades que me fazem chorar, rir, pensar, lembrar. Saudade de ter seu corpo no meu, seu olhar me deixando sem graça. Oh, essa saudade que dói fundo no peito, mas que é tão boa de sentir. Gosto de sentir saudades de você. Saudade daquela época boa, aquela época tranquila, em que nem o maior problema de todos era suficiente para nos abalar. A época em que estávamos lá no alto e nada podia nos atingir. Época boa, muito boa. Prefiro pensar que essa época ainda vai voltar um dia. Mesmo que não com você, com outra pessoa. Pois nós sabemos que nossa vida juntos nunca mais será aquela de antes. Mesmo que não seja com você, com outra pessoa. Outra pessoa que possa me abraçar e me fazer sentir seguro. Uma pessoa que me olhe e, só com isso, me deixe sem graça. Alguém que me faça gaguejar, ficar em silêncio, pensando no que falar. Alguém que com apenas um toque me faça me entregar, derreter. Alguém que saiba o que falar e quando falar. Que saiba me conquistar sem ao menos fazer esforço. Alguém que saiba exatamente onde tocar, que me leve a loucura. Alguém que me faça fazer coisas que eu nunca imaginei fazer. Alguém que me leve a perder medos, ganhar maturidade. Alguém que goste de mim, mas que saiba ser duro quando tem que ser. Acho que sei quem eu queria que fosse, mas sei que não será. Espero ter alguém bom pra mim. Aquele alguém que, por mais que erre pra caralho, é perfeito ao meu ver. Quero ver qualidade nos defeitos de alguém novamente.


A. Twigger.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Oh, you know that's for you.


Oh, como vim parar aqui? Ouço sua agitada voz adentrar meus ouvidos, tremer meus tímpanos e soar como um eco em mim, e repetindo por várias vezes. Fecho os olhos e, quando volto a abri-los, tenho seu corpo no meu, suas mãos geladas em meu corpo quente. Sua língua em meu pescoço, meu corpo todo se arrepia. Arranco minha blusa, a jogo para o canto e te empurro na parede com uma força capaz de fazer tremer todo o apartamento, logo lhe beijo. Você implora, logo solto seu corpo e jogo o meu em um canto qualquer daquele sofá antigo de couro. Assisto atentamente a fumaça densa entrando e saindo de seus lábios, com aflição. Quero você, eu quero agora. Venha. Me mate de tesão com apenas um olhar e me abrace. Não me solte mais, me abrace até o fim desta noite. Quero sentir sua energia, seu calor, nesta fria noite de maio. Mas a dor é tão grande... Como pode fazer isso comigo? Por que me deixaria? Me deixaria pois desconhce a dor de te perder, me deixaria pois desconhece o tamanho de meu amor. Esse amor tão grande, que dói no próprio peito, como se alguém o esfaqueasse. Sinto meu sangue borbulhar, como se me matasse de dentro para fora, queimando meu corpo. Arranque meu coração e o leve como um brinde de uma festa infantil. Só não me deixe mais sangrar. Sykes.


A. Twigger.

domingo, 17 de maio de 2009

São tão valiosos...


Ficar horas deitado em uma cama, apenas alternando o olhar entre seus olhos e as gotas dessa chuva tão fria que batem na janela. Esse frio, seu corpo para me aquecer. Sua mão na minha, sua respiração quente em minha nuca... Tudo o que eu preciso. Se pudesse, poderia ficar aqui para sempre. Meu mundo para, as horas já não mudam, nada acontece. Só posso nos enxergar ali, abraçados. Por favor, não se vá. Não se vá, pois os momentos são tão valiosos...

A. Twigger.

sábado, 16 de maio de 2009

I wish I can fell.



Não, não posso acreditar. Não posso acreditar que gastei tanto tempo para absolutamente nada... Às vezes, paro para pensar em tudo o que aconteceu. God, aconteceu rápido, tão rápido. Talvez seja por isso que perdemos o controle. Gosto devagar, devagar, devagar. Até mesmo quando temos que ir com pressa, quero devagar. Volte para mim, mas devagar. Vamos aproveitar, tudo em seu tempo, sem pressa de viver tudo só de uma vez. Se vivermos tudo antes do que deveríamos, o que vai restar no resto do tempo? Nada. Será que foi o que aconteceu? Creio que não, pois não fizemos metade do que eu queria que tivessemos feito. Mas algo aconteceu antes do tempo... Eu sei. Você foi embora antes do tempo, me deixou antes do tempo. Será que seu tempo passa mais rápido do que o meu? Hoje, não consigo acreditar em uma palavra que sai da sua boca. Cada movimento que ela faz, me chama para seu corpo mas, não ouço se quer uma palavra. Só ouço o som de seus gemidos em meu ouvido, quando estavamos juntos. Você diz que me ama, diz que me quer... Mas não posso mais acreditar. Depois de tudo? Não, não pode ser verdade. Sinto que não estou mais com os pés no chão... Vejo toda a situação de fora. Vejo seus lábios se movendo, as lágrimas escorrendo por sua pele branca, mas não posso ouvir nada, não posso entender nada. Não posso sentir nada. Não, eu não sinto mais nada. Será que você roubou também meus sentidos? Minha alma saiu de meu corpo e não quer mais voltar... Quero ter meus pés no chão. Mas não posso ouvir nada, não ouço nada. Meu corpo quer apenas se deitar em algum canto quente e descansar para sempre... Meus olhos querem se fechar, para não ver mais nada disso. Me lembro de toda nossa história, mas não aconteceu comigo. Não era eu, não quem eu sou agora. Eu gostaria de sentir, sentir algo. Prazer, dor, surpresa. Queria que as lágrimas guardadas finalmente escorressem por meu rosto... Mas elas não querem sair. Permaneço apenas lhe observando, sem dizer nenhuma palavra. Tudo o que eu queria era sentir, sair, esquecer.


A. Twigger.