segunda-feira, 1 de junho de 2009

Esperanças.


Como pudemos? Me diga, como pudemos? Depois de tantos cigarros umidecidos por nossas lágrimas, depois de tanto prazer, tanta luta, tanta força, toda a ajuda... Como pudemos? Como é que viemos parar aqui? A sensação que tenho é de que fechei os olhos em um bom momento e, quando voltei a abri-los, tudo havia virado caos. Onde foi parar aquela segurança, aquele aconchego, aquela certeza? Onde estão os sorrisos, as declarações, a despreocupação, a inocência? Me diga, pois irei até o inferno para traze-los de volta. Precisamos recuperar a confiança, aquele não pensar no amanhã que era tão bom. Se sempre fomos tão sinceros um com o outro, porque diabos - de uma hora para a outra - tudo passa a parecer tão falso? E, mesmo com tudo isso, quando aquele maldito nome surge, meu coração ainda se acelera e aquele sorriso ainda se forma em meu rosto, involuntáriamente e, como num impulso, lá vou eu e clico em seu nome, fazendo aparecer aquela linda foto - minha respiração se torna descontrolada. Mesmo que só para observa-la fico ali, esperando e pensando no que fazer. Geralmente, nada faço, enquanto, como uma criança vivendo sua primeira paixão, espero-o me procurar primeiro, fingindo - quase que inutilmente - que nem notei sua chegava. Oh, volte para me fazer feliz. Eu preciso disso, preciso de nós.

A. Twigger.

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