sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Solitária madrugada, solitário ser.

Só sabemos se somos realmente felizes numa madrugada solitária.
Hoje, me afundo em papel, caneta, cigarros e álcool. – Não porque acho legal, mas porque preciso disso, pra me manter vivo. –
A única coisa que escuto é o som da minha voz distante, que grita meu nome, como se fosse a última coisa que fosse fazer.
Eu tento me salvar, mas já estou tão longe... Minha mente já virou minha mais incansável inimiga. Juntos agora e sempre – corpo e mente – lutam em sua constante guerra. Torço para que a troca dos tiros certeiros aconteça logo.

- ''I DON’T FEEL BETTER
WHEN I’M FUCKING AROUND!

I DON’T WRITE BETTER
WHEN I’M STUCK ON THE GROUND!’’ –


No ultimo volume, é a única coisa que me deixa enxergar meus pés, minhas unhas e a fumaça de meu cigarro se espalhando, por alguns minutos.
Quero voltar.
Silêncio – volto a me perder.
O ar que entra se torna mais freqüente e irritante.
Cada segundo se torna insuportavelmente lento.
Fica escuro, mas eu não me desligo. Não consigo me desligar – nem mesmo por um minuto.
Eterno sono é meu maior almejo.
Imploro pra que possa sair da onde estou. Iria pra qualquer lugar que não fosse aqui.
Imploro pra que seja antes que o que está em mim passe a controlar tudo.
E, sinceramente, não sei mais quanto tempo suportarei, sendo eu, sozinho.

Alexei Twigger.

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